Principais Obras

Conheça as principais obras de Lídia Jorge:

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MISERICÓRDIA
Misericórdia é um dos livros mais audaciosos da literatura portuguesa dos últimos tempos. Como a autora consegue que ele seja ao mesmo tempo brutal e esperançoso, irónico e amável, misto de choro e riso, é uma verdadeira proeza. Não são necessárias muitas palavras para apresentá-lo – o diário do último ano de vida de uma mulher incorpora no seu relato o fulgor das existências cruzadas num ambiente concentracionário, e transforma-se no testemunho admirável da condição humana. Isso acontece porque o milagre da literatura está presente. Nos tempos que correm, depois do enfrentamento global de provas tão decisivas para a Humanidade, esperávamos por um livro assim. Lídia Jorge escreveu-o.
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Antologia dos Contos
Mais conhecida como romancista, Lídia Jorge, uma das grandes damas da literatura portuguesa contemporânea, ganha finalmente uma antologia de contos à altura de seu talento e importância. Selecionados por Marlise Vaz Bridi, professora de Literatura Portuguesa da Universidade de São Paulo, os textos são inéditos no Brasil. Os contos de Lídia Jorge se destacam pelos motivos aparentemente simples, ao mesmo tempo em que demonstram a qualidade da construção das narrativas por meio da precisão da linguagem, da escolha do ponto de vista que amplifica ambiguidades e sugestões, pelo fino desenho das personagens e dos ambientes e, sobretudo, pela articulação entre a subjetividade do mundo ficcional com a objetivação do mundo real.
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OS MEMORÁVEIS

"Há uma estupidez inerente às coisas, como também há uma sabedoria, e essa realidade bipolar ora nos mostra a face esquerda, ora nos mostra a outra face."

UM MEMORÁVEL é alguém que merece ser lembrado, ou guardado na memória, pelo que fez. Não é necessariamente um herói, já que a vida e os seres humanos são bem mais complexos do que podemos perceber tanto no dia a dia quanto nos grandes acontecimentos, mas alguém que pode ter vários rostos. Todos eles, de algum modo marcantes. E convém que não deixemos de encará-los. "Ninguém é apenas uma foto fixa", diz Lídia Jorge, a mais consagrada autora da literatura portuguesa contemporânea.

Um romance hipnótico, uma pequena obra-prima sobre o passado e as histórias que contamos sobre ele.

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A INSTRUMENTALINA
Um conto breve faz um sonho longe, logo avisa a epígrafe deste livro da premiada escritora portuguesa Lídia Jorge. Ela conduz o leitor habilmente por esta narrativa em primeira pessoa que trata da delicada relação entre um tio e sua sobrinha, a partir de um encontro, ocorrido muitos anos mais tarde, à beira do Lago Ontário, nos Estados Unidos. A personalidade irreverente e rebelde do mais velho arrebata a atenção da criança observadora e carente de afeto que crescia na década de 60 ao sul de Portugal. As lembranças dos seus encontros num campo de margaridas, tendo por fundo uma bicicleta como único veículo de libertação, constituem a matéria-prima deste conto cujo título toma por nome a alcunha desprestigiante que haviam dado a esse "instrumento" – A Instrumentalina. O texto foi editado pela primeira vez pelas Publicações Dom Quixote, em 1992, e foi traduzido para vários idiomas.
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A NOITE DAS MULHERES CANTORAS
Portugal dos anos 1980. Cinco mulheres diferentes. Uma carta com um pedido. O destino que as uniu com um propósito: fazer alguma diferença na história da música. Unidas pelo acaso, por um piano espelhado na casa de ensaio, essas cinco mulheres precisam aprender a lidar umas com as outras e a não deixar que o sonho seja ofuscado pelo cruel mundo do show business. Com a narrativa descritiva e intensa, típica de seus livros, Lídia Jorge transporta os leitores para uma época aparentemente glamorosa, mas que por trás de todo o brilho escondia brigas, disputas de poder e intrigas, acobertadas por um belo sorriso e por uma apresentação digna de espetáculo, que tempo nenhum ousa apagar da memória.
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O VENTO ASSOBIANDO NAS GRUAS
Naquele momento, o bar podia levantar-se sobre as próprias canas, deslocar-se durante um quarto hora e voltar ao mesmo lugar com eles lá dentro. Pousar devagar. As aves podiam partir levando no bico a ponta das ondas.
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A MANTA DO SOLDADO
Em 'A Manta do Soldado' a autora Lídia Jorge, conta a história de Walter, filho caçula e rebelde de Francisco Dias - o patriarca da família que se arroga direitos medievais sobre os descendentes -, que deixou como herança involuntária ao primogênito da família, Custódio, o coxo, a irmã adolescente e a filha bastarda que dentro dela crescia. À beira da morte Walter deixa para a sobrinha, como herança, uma manta de soldado onde se podia ler 'pertenceu ao recruta 687 de 45, conhecido pelo assobio, pelo andar e pelos animais que desenhava'. Aos poucos, ela percebe que o tio guardava um grande segredo no passado.
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A COSTA DOS MURMÚRIOS
Romance de um império de ocupação de costa, nada é atenuado ou escamoteado neste livro. Enredo e personagens arrastam consigo o significado caótico de um universo desregulado, onde o risco permanente torna os protagonistas dependentes em extremo de fortuitas coincidências.